
O verdadeiro sentido da urgência não está, como sempre se trata, de fazer um improviso às pressas para adequar a coisa ao tempo e ao espaço. Salvar por salvar. Diante da impossibilidade de crítica, uma vez que ela pressupõe o extinto campo experiência, sobra o isolamento para a análise bioquímica.
O tóxico já não é doença. Temos antídotos para o tóxico e também para os efeitos colaterais destes mesmos antídotos. Já não discernimos mais o que é tóxico. Além disso, tudo aparenta ser saudável para os felizes e virulento aos pessimistas. Contudo, as vacinas são tantas que tudo é uniforme em uma massa que nada diz. E o saudável já não se conflitua com o contagioso.
Já que não temos mais o Limbo para julgar as coisas apenas por seus atos, quem sabe seja interessante, em vez de matar todo o rebanho, isolar os elementos e pensar longamente em cima deles, para ver os que são fortes e, para os bichos fracos, deixemo-los aproveitar tranqüilos seus últimos momentos antes do perecimento ocasionado pelo isolamento da quarentena.
Pode-se, quem sabe assim, sanar
aquilo que ainda vale para dar a ele um sentido antes original do que
convencional.