Tragédia anunciada?

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Tudo bem que as pesquisas de opinião não são lá muito confiáveis, mas não há a menor coerência dos lulistas em comemorar a histórica popularidade de Lula e ignorar a taxa de rejeição que Dilma apresentou na recente pesquisa CNI/Ibope (i.e., na casa dos 40% percentuais, mesma faixa ocupada por Marina Silva). Tudo bem que a eleição é só daqui a uns dez meses, tudo bem que o nome de Dilma ainda não é tão conhecido, tudo bem que a oposição faz de tudo e mais um pouco pra se ferrar a si própria, mas uma taxa tão alta para alguém ainda pouco conhecido seria mais do que suficiente pra acender a luz amarela. Outra coisa que não dá para entender nos lulistas é a incoerência de celebrar a trajetória eleitoral de Obama e aceitar, sem mais, a nomeação ad hoc de Dilma como candidata por Lula. O PT sempre se distinguiu pela democracia interna, mas, paradoxalmente, sempre dependeu de Lula para a coesão interna. E Lula é avesso às prévias (em 2001 se negou a participar, e disse que só seria candidato se aclamado, como acabou acontecendo Correção apontada pelo Thiago Candido: Lula participou, sim, das prévias em 2002. Mas, insisto, era resistente à idéia, o que é uma bobagem, porque iria ganhar). Por isso, na escolha do candidato à Presidente da República, a democracia no PT é, e sempre foi, (quase) nula. Houve (e ainda há) muito tempo para o PT e seus simpatizantes questionar a indicação de Dilma como candidata - mas nada foi feito. Dilma, de fato, é truculenta, acumula uma lista enorme de gente que destratou, e (alguns dos motivos são estes) tem um alto índice de rejeição. Ou seja, tem tudo para não ser eleita (se fosse uma candidatura programática escolhida democraticamente, tudo bem). E mesmo que seja eleita, deixará no PT uma herança maldita: um dirigismo personalista, uma dependência muito forte de Lula. Dilma não é capaz de unir o PT (ela nem possui larga trajetória de militância no partido), Lula é. Mas em 2010 não votaremos para um terceiro mandato de Lula, mas para o primeiro de Dilma. Lula poderia (e talvez deveria) ter comprado a briga da nova reeleição. Mas ao não fazê-lo, deveria ter se abstido de indicar o candidato a presidente pelo partido. Algo que, haja o que houver, trará conseqüências nefastas.

11 Comentários

Oi Alexandre. Sò uma correção: O PT promoveu prévias para a escolha do candidato a presidente em 2002. O Lula ganhou com arrasadora vantagem, mas bateu voto com o Suplicy.

http://www.direito2.com.br/asen/2002/mar/20/suplicy-anuncia-resultado-das-previas-do-pt-com-vitoria-de-lula


De resto, concordo com sua análise sobre o processo de escolha da candidata. Apesar de acreditar que ela será eleita ainda em primeiro turno.

E o que você afirma ser ruim (a falta de controle da Dilma sobre o PT) eu vejo como uma coisa boa. Ela precisará muito mais do partido do que o Lula precisa.


"Lula é avesso a prévias"? (...) "Na escolha do candidato à Presidente da República, a democracia no PT é, e sempre foi, nula"? Por favor, seja um pouco mais fiel à verdade histórica, do contrário não dá pra levar a sério nem pra começar a conversa.

Avesso a prévias é o PSDB, que escolhe candidatos com os caciques em torno de uma garrafa de vinho, num restaurante cinco estrelas. Ou o PV de Zequinha Sarney, que ungiu Marina Silva através de acordos "por cima".



Caro Alexandre, dizer que "O PT sempre se distinguiu pela democracia interna" é sensato se lembramos que seus candidatos não são escolhidos no Fasano, como é regra em certo partido de oposição. Mas essa democracia nunca foi perfeita: o PT do Rio de Janeiro foi várias vezes sabotado, por exemplo, pelo comando nacional. No Rio, sempre vi o PT mais próximo do "centralismo democrático" do que de outra coisa.
Discordo da sua insinuação de que Lula deveria ter tentado o terceiro mandato. Em um país de tradição política oligárquica, esse tipo de continuidade não é nada bom. Além disso, a legislação eleitoral não deve ficar ao sabor dos casuísmos da popularidade do presidente da república. Você preferiria que Lula se rebaixasse aos padrões de ética política de FHC?
Seria plausível, se tivesse acontecido de FHC ter concluído o segundo mandato com algo remotamente parecido com a fantástica popularidade de Lula, que o tucano tentasse arrancar do Congresso o terceiro mandato. Fez isso para obter o segundo.
Parece-me, porém, que Lula tem padrões republicanos mais altos.
Abraços, Pádua


Alexandre,

Dilma é uma tecnocrata hábil que até há poucos anos não era muito conhecida, mas que se tornou profundamente últil ao PT quando ele fez sua opção, com o advento da Carta ao Povo Brasileiro, daquilo que Maurício Tragtemberg chamava de "o dilema da estrela: branca ou vermelha": O PT se tornou um partido social-democrata e, como tal, passou a demandar quadros técnicos que resolvessem os problemas fundamentais de entrada e permanência do Partido nas instituições do Estado capitalista. Dilma se tornou peça-chave nesse processo, principalmente quando capitaneou o projeto que resolveu o nosso grave problema energético e depois conseguiu coordenar com destreza o Governo quando chefiou a Casa Civil.

Evidentemente, ela não é uma grande teórica. Nem poderia ser, insisto. Isso tem a com a escolha feita pelo partido da estrela e isso foi a resolução de uma contradição interna que remonta à sua origem, mais precisamente, entre "Partido de Vanguarda x Partido de Massas", sendo que o vanguardismo não se deve apenas ao leninistas, mas também - e principalmente - ao seu lado trade unionista que remonta às estruturas dos sindicatos do ABC - e não ao chão de fábrica como no caso da Oposição Operária em São Paulo. Foi essa ala que se tornou hegemônica na Articulação e depois dentro do próprio partido, o que o conduziu a uma adoração à práxis em detrimento de um debate teórico mais firme, amplo e profundo que tivesse em vista a fomentação de um processo mais orgânico - o que foi agravado com o esmagamento da esquerda católica pelo Vaticano, que foi, ao meu ver, principal instrumento na execução da chamada política basista nos anos 80 e, ouso em dizer, um dos grandes responsáveis pela grandeza do partido hoje.

Aliás, concordo contigo na crítica ao processo de escolha dos candidatos à Presidência pelo PT - mesmo que Lula tenha disputado prévias contra Suplicy para as eleições de 2002, é público e notório que ele não desejava tê-lo feito -, mas não haveria lógica em um terceiro mandato, isso seria uma contribuição ainda maior contra a Democracia. Dentro da escolha que o PT fez, aliás, Dilma foi, eleitoralmente falando, uma boa opção tática de e uma precisa decisão estratégica, mas a forma é ao mesmo tempo reflexo dessas deficiências antigas do partido, do quadro atual e uma possível causa do agravamento disso mais adiante. Eu continuo apostando que ela vencerá as eleições do ano que vem, mas do ponto de vista Político mesmo, eu acredito que ela poderá tocar um Governo melhor do que Lula, mas não conseguirá resolver também essas questões essenciais do Partido dos Trabalhadores - e dependendo do que faça, talvez torne isso uma tarefa impossível para qualquer um. Ponderando as alternativas e a conjuntura atual, ela prossegue como o melhor nome tendo em vista a candidatura reacionária - no sentido marxista do termo mesmo - de Serra, o caráter ambiguo da candidatura Marina e da incapacidade do PSOL em se posicionar enquanto antítese ao projeto petista e não mero oposicionista - isso sem falar em coisas como Ciro Gomes e congenêres que sempre aparecem por aí.

abraços e é bom ver que você voltou a postar.


Alexandre,

Dilma é uma tecnocrata hábil que até há poucos anos não era muito conhecida, mas que se tornou profundamente últil ao PT quando ele fez sua opção, com o advento da Carta ao Povo Brasileiro, daquilo que Maurício Tragtemberg chamava de "o dilema da estrela: branca ou vermelha": O PT se tornou um partido social-democrata e, como tal, passou a demandar quadros técnicos que resolvessem os problemas fundamentais de entrada e permanência do Partido nas instituições do Estado capitalista. Dilma se tornou peça-chave nesse processo, principalmente quando capitaneou o projeto que resolveu o nosso grave problema energético e depois conseguiu coordenar com destreza o Governo quando chefiou a Casa Civil.

Evidentemente, ela não é uma grande teórica. Nem poderia ser, insisto. Isso tem a com a escolha feita pelo partido da estrela e isso foi a resolução de uma contradição interna que remonta à sua origem, mais precisamente, entre "Partido de Vanguarda x Partido de Massas", sendo que o vanguardismo não se deve apenas ao leninistas, mas também - e principalmente - ao seu lado trade unionista que remonta às estruturas dos sindicatos do ABC - e não ao chão de fábrica como no caso da Oposição Operária em São Paulo. Foi essa ala que se tornou hegemônica na Articulação e depois dentro do próprio partido, o que o conduziu a uma adoração à práxis em detrimento de um debate teórico mais firme, amplo e profundo que tivesse em vista a fomentação de um processo mais orgânico - o que foi agravado com o esmagamento da esquerda católica pelo Vaticano, que foi, ao meu ver, principal instrumento na execução da chamada política basista nos anos 80 e, ouso em dizer, um dos grandes responsáveis pela grandeza do partido hoje.

Aliás, concordo contigo na crítica ao processo de escolha dos candidatos à Presidência pelo PT - mesmo que Lula tenha disputado prévias contra Suplicy para as eleições de 2002, é público e notório que ele não desejava tê-lo feito -, mas não haveria lógica em um terceiro mandato, isso seria uma contribuição ainda maior contra a Democracia. Dentro da escolha que o PT fez, aliás, Dilma foi, eleitoralmente falando, uma boa opção tática de e uma precisa decisão estratégica, mas a forma é ao mesmo tempo reflexo dessas deficiências antigas do partido, do quadro atual e uma possível causa do agravamento disso mais adiante. Eu continuo apostando que ela vencerá as eleições do ano que vem, mas do ponto de vista Político mesmo, eu acredito que ela poderá tocar um Governo melhor do que Lula, mas não conseguirá resolver também essas questões essenciais do Partido dos Trabalhadores - e dependendo do que faça, talvez torne isso uma tarefa impossível para qualquer um. Ponderando as alternativas e a conjuntura atual, ela prossegue como o melhor nome tendo em vista a candidatura reacionária - no sentido marxista do termo mesmo - de Serra, o caráter ambiguo da candidatura Marina e da incapacidade do PSOL em se posicionar enquanto antítese ao projeto petista e não mero oposicionista - isso sem falar em coisas como Ciro Gomes e congenêres que sempre aparecem por aí.

abraços e é bom ver que você voltou a postar.


Maurício: PSDB e PV podem ser avessos às prévias também. Isso torna a escolha de Dilma democrática ou mais aceitável? Não dá pra conversar é com gente que fica comparando o ruim com o pior, e pra destratar o interlocutor (ou melhor, pra fugir do debate) o acusa de "Politicagem baixa". Se v. se desse ao trabalho de ler e pensar a respeito, verá que eu estou atentando para um problema que o próprio PT reconhece: a dependência para com Lula. Se vou votar em Marina ou não, pouco importa; talvez votasse no candidato do PT se fosse outro e escolhido de outra maneira. O que não se pode é manter esse personalismo velado. Não sou o mais árduo defensor da democracia em sua forma institucionalizada - em bom português, a democracia "burguesa" (por isso, Pádua, não acharia tão ruim um terceiro mandato - que teria, além disso, a vantagem de explicitar tal personalismo - é melhor que seja explícito, pois se torna mais frágil) - mas os que são devem ser um pouquinho mais coerentes. Nessas horas, a gente vê como o Idelber faz falta na blogosfera: quando da eleição do Lula, ele escreveu um texto em que dizia que o Brasil tinha superado o populismo. Na verdade, esse meu post é uma resposta àquele texto dele: e, com certeza, se ele tivesse blogando ainda, argumentaria comigo (e, de novo, não sou o maior democrata do mundo nesse ponto: com Laclau, não acredito que haja política sem populismo; política totalmente institucionalizada é administração, não é política). Infelizmente, ele não está.


Thiago: muito obrigado pela correção. Mas, de fato, como apontou o Hugo, ele não queria participar das prévias. E aqui reside o mal, que se repete: como em 2002, que Lula levou as prévias, é provável que Dilma ganhasse, visto o controle da Articulação e o peso de Lula. Caso as prévias acontecessem, muitos fatores seriam pesados, medidos e discutidos (como a alta rejeição de Dilma), ou seja, pensados. Se opor às prévias, mesmo sabendo que vai ganhá-las, indica autoritarismo e personalismo: uma marca de poder -do tipo "mesmo que sejam favas contadas, não vou me rebaixar". Mas, enfim, concordo com o Hugo que as contradições estão sendo empurradas para diante, e não acredito que Dilma seja exatamente o exemplo, Thiago, de alguém que possa, dialogando, unir o partido.


Alexandre,
Personalismo e populismo me parecem muito próximos, indissociáveis. Em que sentido o Laclau não concebe a política sem populismo?
Também me incomoda a truculência de Dilma. Mas me incomodaria mais ainda se Lula buscasse um terceiro mandato. E isso, inclusive, porque concordo que a dependência do PT em torno de sua figura é um problema.
Em todo caso, o que penso é que os compromissos com princípios devem ser bem claros no debate que separa a democracia burguesa da democracia tal como querem os simpatizantes da esquerda. Um terceiro mandato de Lula não seria propriamente uma afronta à democracia burguesa. Uma revisão interna das relações que o PT arrazoa entre seus integrantes, sim. Aí, certamente, o caso de Marina Silva pode ser emblemático, e eu me recordo de uma crítica que tu fizestes ao patrulhamento que repudiou a saída da ministra para o PV, como que repudiando a própria dinâmica pela qual o novo pode ser vislumbrado na política.
Abraços.


Rodrigo: para Laclau, não há política sem populismo. Resumindo o argumento dele (vou queimar etapas do raciocínio dele e mudar um pouco alguns termos): a unidade básica de análise social para Laclau é, em vez do grupo ou do indivíduo, a "demanda". Existem as instituições, por um lado, e as demandas, por outro. Quando as instituições conseguem atender todas as demandas, não há política, mas administração. Quando uma série de demandas não é atendida, é possível "uni-las" em torno de um significante tendencialmente vazio: uma bandeira, uma causa, etc: ou seja, para que as demandas possam fazer frente às instituições, elas precisam formar uma série e, para tanto, elas precisam abandonar um pouco (mas não totalmente) seu caráter específico (o objeto da demanda: reforma agrária, moradia, segurança pública num bairro, seja lá o que for) para poderem fazer parte desta série. Por isso, o povo, numa situação ideal em que todas as demandas são atendidas, não existe. O que existe são demandas que logo são satisfeitas. O "povo" é uma construção, nasce de uma falta, é um significante tendencialmente vazio preenchido por uma série de demandas não-satisfeitas. Daí o populismo poder ser de "direita" ou de "esquerda" ou, na maior parte das vezes, ambos. Em geral, diz Laclau, uma das demandas da série vem a ocupar um lugar de preponderância: pode ser a distribuição de renda, pode ser a "higiene social", etc - é o significado dado ao significante tendencialmente vazio "povo", o significado que melhor agrupa a série inteira de demandas não satisfeitas. Só há política quando há populismo, ou seja, quando há o agrupamento coletivo de demandas em torno de um significante tendencialmente vazio. Veja bem: Laclau não opta por uma leitura a priori pejorativa do populismo, mas por uma conceituação formal. Além disso, há diversos graus de populismo: há casos, como o que o próprio Laclau vivenciou na Argentina, em que a única coisa capaz de aglutinar o "povo" era o nome do líder, a palavra de Perón (devido ao caráter muito contraditório das demandas, que incluía as dos sindicatos "pelegos" de direita até o radicalismo revolucionário dos Montoneros). Há outros em que, tornando-se a instituição, o populismo é capaz de atender as demandas que o criaram e, portanto, se desfaz. Em suma: não se trata de depreciar - e não é o que estou fazendo aqui - Lula por ser populista (Marina Silva é, do mesmo modo, um significante tendencialmente vazio que agrega uma série de demandas não satisfeitas), mas pelo fato de que cada vez mais o significante que reúne a série de demandas se confunda com o próprio Lula (o que poderíamos chamar de "personalismo"). Não sei se consegui expor bem o pensamento de Laclau, um pensamento brilhante, aliás: A razão populista foi o melhor livro que li esse ano. Valia até um clube de leituras. Um abraço


Alexandre,
Expôs o Laclau muito bem, sim. Fiquei muito interessado no livro, que ainda não li. Dele, conheço apenas o Hegemonia e Estratégia Socialista.
Chamou a minha atenção, especialmente, essa concepção do povo como um significante tendencialmente vazio. Essa, sem dúvida, é uma pedra de toque da teoria marxista latino americana.
Vou procurar o livro!
Abraços


Alexandre,

Creio que ainda é muito cedo para se comentar de pesquisas pré-eleitorais, mesmo porque os eleitores ainda não estão preparados e nem fazem ideia de como será o cenário político em 2010. Nem mesmo os mais informados.

Só depois da Copa de 2010 o povo estará preparado para analisar os candidatos, depois de muito dinheiro gasto com publicidade. Dilma, certamente, será uma das que mais se beneficiarão da publicidade.

Afinal, ela tem como apoio a popularidade de Lula. Lembram do Pitta, que teve Maluf nas costas nas eleições de 1996 em São Paulo?
Vai ser mais ou menos a mesma coisa, só que os rumos políticos, desta vez, serão bem diferentes.

Pra quem não sabe, brasileiro tem memória curta.

Gostei da página.
Abs!


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"Direito de ser traduzido, reproduzido e deformado
em todas as línguas"

Alexandre Nodari

é doutorando em Teoria Literária (no CPGL/UFSC), sob a orientação de Raúl Antelo; bolsista do CNPq. Desenvolve pesquisa sobre o conceito de censura.
Editor do
SOPRO.

Currículo Lattes







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"a posse contra a propriedade" (dissertação de mestrado)

O pensamento do fim
(Em: O comum e a experiência da linguagem)

O perjúrio absoluto
(Sobre a universalidade da Antropofagia)

"o Brasil é um grilo de seis milhões de quilômetros talhado em Tordesilhas":
notas sobre o Direito Antropofágico

A censura já não precisa mais de si mesma:
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Grilar o improfanável:
o estado de exceção e a poética antropofágica

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(Sobre o plebiscito do desarmamento)

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Censura, um paradigma

Perjúrio: o seqüestro dos significantes na teoria da ação comunicativa

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Arte, política e censura

Censura, arte e política

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